segunda-feira, 26 de abril de 2010

Lua Cheia

Semblante dos apaixonados
Satélite espacial
Curvo-me diante de tua beleza
E de teu poder sobrenatural

Estás na terra e também presente
Em cada coração que pede
Por afeto, por loucura, por amor
E cada um que chora, que sorri, que diverte

Brinca com teus formatos e cores e
abraça e reflete e encanta
o mar e os homens e espanta

Cuidado! Vai devagar!
Sua imensidão exalta os sentidos e
nos fazem delirar! Ah!
(suspiro... por ela posso contradizer as regras do soneto)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

She loves you, yeah yeah yeah

Corria como o vento. Podia o sentir em seu rosto! Queria abraçar a todos, queria chorar de alegria, queria contar, que gritar pro mundo e queria que este o retribuísse. Nada mais importava. Ele era 100% alegria, e tinha certeza que assim seria para sempre. Dava saltos gigantes, enquanto a vida passava aos seus lados. Ele não conseguia fechar a boca e seu coração disparava; "ela disse sim, ela disse sim, ela disse sim!" Entendia agora o que eram as coisas não tangíveis; o que eram as coisas intocáveis; eram, estas, a plenitude da alma, eram infitas; e estas, são as que ficarão.

Dia de cão

Ela estava triste. E, porque estava triste, tudo ao seu redor adquiria o mesmo estado de espírito. As cores perdiam sua graça, as músicas tornavam-se lentas e sentimentais, as conversas perdiam totalmente o sentido. Engraçado era que, em oposição, os textos tornavam-se cada vez mais claros. Ela compreendia as palavras do poeta, do redator, da colunista; ela entendia as palavras de amor. Voltava os olhos para a televisão. Passava aquele velho filme rotulado: "mocinho e mocinha felizes para sempre"; ela não tinha mais tempo pra esses contos de fada (que, se me permite dizer, uma bela de uma crueldade; crianças realmente devem sonhar, elas pelo menos devem ainda ter esse direito; mas quando crescem, devem aprender que não é tão fácil assim). Desligou a tv; repousou sobre a cama, os olhos já secos, passada as lágrimas de dor; essas que representam o coração despedaçado dela, por dentro; e então ela adormeceu. E seu mundo ganhava agora palavras. Lembrava-se dos poemas até então não entendidos; ela abriu um sorriso e concluiu a tal dor de amor

Maldito Sistema - 1 parte

Preciso mostrar minha indignação. Não está na constituição que todos nós temos direito á educação ? Devo dizer (em letras garrafais) à MESMA educação. Se é qualidade de um país ter um sistema educacional desenvolvido, que porra de vestibular é essa no Brasil ? Em que você tem que passar por uma verdadeira prova de resistência física e psicológica, você é obrigado a vivenciar uma guerra, por míseros pontos; você não é julgado pelo que pode acrescentar, pelo seu conhecimento, e sim até que ponto é melhor do que os outros; uma coisa comparativa; um sistema semelhante à selva, onde os animais tem que lutar pelo alimento. Isso tudo visando o quê ?? Transformar os pequenos em futuros empresários capitalistas que estimularão os próximos à competir ? Deveriam existir umas 50 UFRJ'S da vida, e aí sim, poderíamos começar a se falar em justiça.